domingo, 4 de dezembro de 2011

Pretende-se trabalhar com temas relacionados à dependência química de modo geral, numa linguagem contemporânea e clara e de fácil compreensão para as pessoas envolvidas, almeja-se falar efeitos, causas e conseqüência e informações sobre substâncias psicoativas de acordo com Silva, Jorge (2010) tais como:



Ø  BARBITÚRICOS: Os barbitúricos podem ser utilizados para induzir o sono artificial que, como está provado pela medicina, é muito diferente do sono “natural” (fisiológico). Há alterações significativas no Sistema Nervoso Central (SNC). Os principais efeitos do uso dos barbitúricos são: diminuição da capacidade de raciocínio e concentração; a sensação de calma, relaxamento e sonolência; reflexos mais lentos. Aumentando-se as doses, a pessoa tem sintomas semelhantes à embriaguez, com lentidão nos movimentos, fala pastosa e dificuldade nos movimentos de marcha. Doses tóxicas podem provocar: sinais de coordenação motora; acentuação da sonolência chegando até ao coma e morte por parada respiratória. São drogas que causam tolerância (sobretudo quando o indivíduo utiliza doses altas desde o início) e síndrome de abstinência quando ocorre sua retirada, o que provoca insônia, irritação, agressividade, ansiedade e até convulsões. Em geral, os barbitúricos são utilizados na prática clínica como indutores anestésicos (Ex. Tiopental) e/ou como anticonvulsivante (Ex. Fenobarbital).



Ø             BENZODIAZEPÍNICOS: São denominados de tranqüilizantes ou ansiolíticos porque levam a diminuição da ansiedade. Também induzem ao sono, atuam no relaxamento muscular e redução do estado de alerta. Essas drogas dificultam, ainda, os processos de aprendizagem e memória, e alteram, também, funções motoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis e outras que exijam reflexos rápidos. As doses tóxicas dessas drogas são bastante altas, mas pode ocorrer intoxicação se houver uso simultâneo de outros depressores da atividade mental, principalmente, álcool ou barbitúricos. O quadro de intoxicação é muito semelhante ao causado por barbitúricos. Exemplos de benzodiazepínicos: diazepam (valium), lorazepam (lorax), bromazepam, midazolam (dormomid), flunitrazepam, clonazepam (rivotril, a segunda droga mais usada no Brasil, perdendo apenas para o Microvular – contraceptivo distribuído pelo SUS- Revista Superinteressante edição 280, Jul/2010 – pág. 86).



Ø  OPIÓIDES: As drogas mais conhecidas desse grupo são a morfina, a heroína e a codeína, além de diversas substâncias totalmente sintetizadas em laboratório, como a metadona e meperidina. Sua ação decorre da capacidade de imitar o funcionamento de diversas substâncias naturalmente produzidas pelo organismo, como as endorfinas e as encefalinas. Normalmente, são drogas depressoras da atividade mental, mas possuem ações mais específicas, como de analgesia e de inibição do reflexo da tosse. Causam os seguintes efeitos: contração pupilar importante; diminuição da motilidade do trato gastrointestinal; efeito sedativo, que prejudica a capacidade de concentração; torpor e sonolência. Os opióides deprimem o centro respiratório, provocando desde respiração mais lenta e superficial até parada respiratória, perda da consciência e morte. São efeitos da abstinência: náuseas; cólicas intestinais; lacrimejamento; arrepios, com duração de até 12 dias; corrimento nasal; câimbra; vômitos; diarréia.



Ø             SOLVENTES E INALANTES: Substâncias depressoras sem nenhuma utilização clínica. Os solventes podem tanto ser inalados involuntariamente por trabalhadores quanto ser utilizados como drogas de abuso, por exemplo, a cola de sapateiro. Exemplos de solventes: tolueno, xilol, n-hexano, acetato de etila, tricloroetileno, além do éter e clorofórmio, que quando misturados são chamados de “lança-perfume”, “cheirinho” ou “loló”. Os efeitos têm início bastante rápido após a inalação, de segundos a minutos, e também têm curta duração, o que predispõe o usuário a inalações repetidas, com conseqüências, às vezes, desastrosas. O uso crônico dessas substâncias pode levar à destruição de neurônios, causando danos irreversíveis ao cérebro, assim como lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula óssea. (Outro efeito ainda pouco esclarecido dessas substâncias em especial dos compostos derivados, como o clorofórmio) é sua interação com a adrenalina, pois aumenta sua capacidade de causar arritmias cardíacas, o que pode provocar morte súbita. Embora haja tolerância, até hoje não se tem uma descrição característica da síndrome de abstinência relacionada a esse grupo de substâncias.




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